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Motivações Criadas pelo Ouvinte para o Autoexame e Relato do Falante


Quando o psicólogo chama a atenção do paciente para certos fatos ou oferece uma explicação sobre acontecimentos que o paciente vinha resistindo a reconhecer, distorcendo ou negando, esse movimento geralmente encontra resistência. O paciente pode ter minimizado, racionalizado ou mesmo evitado lidar com determinados aspectos da realidade por serem desconfortáveis ou até insuportáveis. Se fosse fácil enfrentá-los, ele provavelmente já teria percebido esses fatos ou pensado nas explicações oferecidas.

Existem várias formas de resistência que o paciente pode manifestar diante da intervenção do psicólogo: ele pode mudar de assunto, expressar irritação ou até se revoltar contra o que percebe como uma pressão exercida pelo terapeuta. No entanto, também pode ocorrer o oposto — o paciente pode, com certo esforço, admitir o que antes evitava enxergar e passar a examinar o que está sendo proposto. Nesse sentido, o psicólogo funciona como um agente de confronto contra os modos distorcidos de percepção ou contra a resistência do paciente em ver certos fatos.

Além disso, o simples fato de haver um interlocutor engajado — alguém que escuta, pergunta e espera respostas — já modifica o funcionamento psicológico do falante. O paciente tende a manter o foco no tema que está sendo discutido porque há alguém interessado aguardando seus relatos, incentivando-o a continuar pensando e se explicando. Caso estivesse sozinho, é provável que se dispersasse, abandonasse o raciocínio ou mudasse de assunto com facilidade.

O papel do ouvinte cria inibições para o falante interromper ou fugir do tema. Há uma pressão implícita: se ele começou a relatar algo, sente-se compelido a terminar; se o ouvinte demonstra discordância, ele se sente obrigado a justificar o que disse. Mesmo que sua intenção seja apenas contestar o ponto de vista do outro, esse processo já o obriga a examinar mais atentamente os fatos.

Em suma, a presença de um interlocutor interessado — especialmente em um contexto terapêutico — exerce um efeito motivador sobre o falante. Ela aumenta sua atenção, prolonga o tempo de observação sobre o tema e o impulsiona a examinar os fatos com mais profundidade.

(Texto editado com a ajuda do ChatGPT)

 
 
 

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